Vó Léa partiu no dia 10-07-2008. Exatamente um ano
depois, no dia 10-07-2009, meus pais assinaram o contrato de compra de um apartamento.
Financiado em longos vinte e cinco anos. Certamente foi um presente da vó Léa
lá do céu. Seria nosso novo lar. Mas até então eu não sabia de nada. No sábado,
dia 11-07, fui acordado muito cedo. Antes das cinco da manhã Luciano e Pati
estavam encaixotando tudo. Não entendia o que estava acontecendo e fiquei por
perto para descobrir. Havia uma montanha de coisas pela casa. Como eu queria
fuçar em tudo, fui “trancado” na cozinha. Assisti a função toda por trás do
cercadinho de madeira que meu pai havia construído uns anos antes, e instalado
na porta da cozinha. Susi não saía dos pés da minha mãe. Quem ela pensava que
era? Só eu tinha que ficar trancado? Acho que minha mãe ouviu meu pensamento e
trancafiou Susi também. Ri da fuça dela! Tentava em vão abrir o portãozinho com
aquelas patinhas curtas. Eu disse a ela que não ia adiantar nada. Só iria
gastar as unhas. Ficou com a fuça de quem havia sido tremendamente injustiçada.
Posso afirmar que rolou até uma lágrima daquelas pequenas bolitas brilhantes. Pelas
8h, chegaram três senhores “levemente” embriagados para carregar a mudança. Um
era irmão do meu pai (seria então meu tio?) e os outros dois eram amigos do meu
vô Zé Luiz. Que bagunça fizeram! Os três riam de tudo. Carregavam as coisas
para dentro do caminhão rindo, cantavam, falavam bobagens... Acordaram toda a
vizinhança! Achei-os muito engraçados. Quando tudo ficou vazio no apartamento,
carregaram Susi e eu para o carro. Fomos no banco de trás com Pati. Chegando no
novo apartamento, fucei em cada cantinho. Eu tinha que conhecer tudo! Corri de
um lado para o outro. Parava na porta,
olhava para Pati que estava organizando as caixas que chegavam. Pulava alto
tentando enxergar o que havia do outro lado da janela. Até que levei uma bronca
da minha mãe. Eu não sabia que estava no terceiro andar mãe! Ela achou melhor
afastar os móveis da janela e fechar os vidros. Assim eu me manteria seguro.
Droga! Acabou a brincadeira!
Pelo meio
da tarde, descemos os três para passear: Pati, Susi e eu. Adorei aquele lugar!
Tinha algumas árvores, grama, terra e um monte de gatos para eu perseguir!
Continua...
Adoro ler sua historia...
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